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Foto: https://juridicocerto.com 

JACKSON AGRA

 

[Também aparece como JAKSON AGRA...]

Estudante de Direito e Correspondente Jurídico.

 

 

GARATUJA. Campina Grande, PB: 1977- 1978.  . 
No. 3 – jan./fev. 1978     15 x 21 cm

 

POEMA SEM NOME

Pedra
pronta a parede
o muro, a fronteira,
a escada, a caída, o degredo.

Pedra,
também construção.

 

CONTEMPLAÇÃO

      (de um desenho de Lennon)
(e a ele dedicado)

 

Corpo deitado no duro da mesa
pés levantados dez dedos pra cima
braços colados ao corpo cansado
cabeça dura-lisa boca fechada
nariz respirante olhos presos
que não vêem além do que está dentro.

Fora, a vida a oferecer milhões de diferenças
e o restante da página lisa
mais nada a oferecer
além de palavras
palavras estrangeiramente difíceis
de ser entendidas
como o próprio pensamento
da paranóia
desenhada
no papel.

 

CLARO-ESCURO

Os meus olhos rasgam a solidão
e descobrem o mundo.
Depois se solidificam
e voltam outra vez para a solidão.

Tic-ta, tic-tac, tic-tac
num tiquetaquear constante
líquido sólidio, líquido sólido
solidão líquida, solidão sólida.

Os meus olhos rasgam a escuridão
e descobrem a vida.
Depois se desmistificam
e volta outra vez para o escuro.

 

PONTA DE FACA

Rasgarei todas as vestes
que cobrem meu corpo
e rumarei, nu,
à procura da inocência.

Os meus olhos, a procura,
a visão abstrata.
Uma visão feita na mente
e não desenhável,
mas um desenho claro no ser.

Serei mais um passageiro sem destino,
desses que andam por aí
sem procuras, no abandono,
abandono sobretudo encontro
de uma verdade, mesmo feia,
mesmo nada, mas enfim real.

 

FESTIM DE VERMES

a poeira que cobre a cara da terra
cobre minha cara também

a poeira está cheia de cobras
cobras empoeiradas

as cobras que cobrem a cara da terra
cobrem a minha cara também

cobra cobre cara
cara cobre crânio
crânio descobre morte

festim de vermes

 

POEMA

Os ferozes capatazes do mal
jogam ao léu a luz do luar
captam as estrelas, rompem os ventos
somem as águas, queimam os pastos
e depois vão voando pelo infinito azul
as velozes mentiras do mal

Sal e sangue, sol e carreira
a madeira apodreceu de tanta manha,
amanhã levantarão as asas outra vez
cortês-mente arrebentando os ares
luares de questões salientadas
abaladas pelo desejo altivo
convívio de experiências mortas.

 

*

 

VEJA e LEIA outros poetas da PARAÍBA em nosso Portal:

http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/paraiba/paraiba.html

 

Página publicada em dezembro de 2021


 

 

 
 
 
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